sábado, 30 de agosto de 2014

Aniversário – O Segundo Ano-Novo

Hoje é o meu aniversário. 26 anos. Um Homem feito. E há alguns dias venho pensando nisso. Eu me lembro de que ao longo de toda minha vida gostar da celebração do Ano-Novo. Mas foi desde a primeira vez que assisti Forrest Gump (Filmow) quando essa festa passou a ter um significado especial em meu coração, bem diferente do meu aniversário. Infelizmente por frustrações e problemas de várias ordens em minha infância e adolescência me fizeram odiar este dia de 30 de Agosto. Mas essa nova forma de pensar veio a mim como um resgate de um dia que, talvez, nunca devesse ter deixado de ser especial.
Ainda criança o primeiro significado do meu aniversário era o de ganhar uma festa, o segundo era o de brincar e ganhar muitos presentes, e o terceiro o de comer as delícias das festinhas. Mas em cinco anos isso foi plenamente transformado. De 1994 a 1999 uma variedade de crises assolou minha casa. A crise financeira foi muito ruim, mas pior foram à crise relacional que nasceu, cresceu e nunca mais foi embora. Em 1999 depois de cinco anos eu ganhei uma nova festa de aniversário, mas o seu significado para mim já não era mais o dos meus seis anos. O mais valioso agora era eu me sentir querido, especial e importante para alguém, principalmente por três fatores: 1º nesse ano ter perdido quem em minha inocência imatura era a pessoa mais importante do meu coração, e ainda habita-o. 2º o ciúmes que eu pré-adolescente, sentia filho recém-nascido do meu irmão mais velho, nascido duas semanas antes. 3º por um momento que eu não queria que tivesse fim, era como se não houvesse mais qualquer crise em minha casa, e fossemos novamente uma família calorosa, unida e amorosa.
De 2000 a 2009 eu vivi minha adolescência dos doze aos dias tenebrosos dos meus vinte e um anos. Já não havia mais comemoração, então entrei numa vibe de ao menos garantir algo bom para mim mesmo, ainda que com base em chantagem. Mas os prazeres eram efêmeros, e logo depois de consumidos um vazio de alma imperava dentro de mim. Em 2005 vivemos nossa pior crise financeira, mas ela aos poucos foi superada. Depois desse período, mesmo com coisas boas nesse dia, eu desejava uma fantasia que nunca se realizou de algo grande, uma festa. Uma festa que não só haveria fartura, mas haveria uma família como um dia pode ser que tenha existido em meus sonhos. Meus vinte e um anos em 2009 eram muito temidos no meu coração. Era uma data que, em teoria, eu estaria pronto para abandonar tudo de imaturo e entrar na vida adulta. Vida em que haveria a superação de toda forma de complexo, trauma, imaturidade, dependência e outros típicos duma criança, não de um Homem. Talvez eu não estivesse pronto, ou fosse muito fraco, pois não aguentei. Estavam instaurados os meus dias de “Surto”. Surto que durou perto de um ano.
Depois dessa fase de surto já passou alguns anos, mas eles não importam. Agora é como só mais um dia em que vou passar fechado numa fantasia egoísta. Tenho vivido assim e com a mesma mentalidade até agora. Forrest Gump foi um fator essencial para eu resgatar um valor especial do Ano-Novo, antes eu nunca olhei para essa data como uma oportunidade de recomeçar. Pela primeira vez pensei que era a vida me dando uma segunda chance de acertar nas minhas escolhas, ao menos nas futuras. E só nessa última semana esse pensamente brotou. Talvez por não pararmos nossa rotina frenética, ou por não termos aprendido a fazer isso, mas nos aniversários temos a mesma oportunidade que a vida nos presenteia no ano novo. Muitos querem ver mudança em muita coisa, e pessoas; mas infelizmente poucos querem vê-la partindo e si mesmo, ou tornando-se essa mudança.
Há tempos que minha vida tem sido uma grande fuga, inclusive de mim mesmo. Minha vida precisa de restauração. Minha alma precisa de restauração. De nada adianta continuar a fugir, eu quero abraçar a Vida, com coragem, justiça, amor e esperança. Hoje eu tenho uma segunda chance na vida para me refazer, e eu desejo que vocês também aceitem as que lhes forem oferecidas. Celebrem os re-começos e a vida. Hoje é aniversário, meu e deste blog, três anos de blog. Eu sei que a escrita é o meu caminho na vida e aqui quero reafirmar minha vocação. E para todos que queriam celebrar a vida e sua restauração deixo essa canção de Paula Fernandez. Uma canção para mim (YouTube), para vocês, e para todos interessados em celebrar a restauração.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vida de Adulto

Assistido em: 14 de Abril de 2014.
Avaliação: 05 Estrelas (Medíocre)

Minha Crônica
Esses filmes sobre amadurecimentos sempre me despertam muito interesse. Amy já saiu da adolescência, não sabemos ao certo se ela terminou a faculdade, mas sabemos que ela é persistente na busca por seu sonho. Ela é imatura e não tem controle sobre sua vida financeira, e após um ultimado de seus pais ela é obrigada a arrumar um emprego. Ela é uma moça “inexperiente” e de repente ver-se trabalhando num sex-shop lhe é estranho e um poço desconfortável. Mas justamente nesse ambiente é que ela vai expandir os horizontes da sua percepção de mundo e de suas relações. Após uma frustração numa festa de faculdade ela vê um livro num carro e o furta, e rapidamente ela fica obcecada pelo autor, decide que vai tê-lo como padrinho literário.
É formidável como há tantas pessoas que por serem adultas em idade acreditam que não são mais crianças, mesmo ainda agindo como tal.  Prova disso é Amy saindo da casa dos pais escondida na calada da noite por seu pai tê-la mais uma vez repreendido quanto a sua irresponsabilidade com dinheiro chamando-a de criança. A arte imitando a vida.  Por mais que pareça contraditório, Amy é uma mulher forte. Ela tem opiniões fortes e coragem de expô-las. Ela é “inexperiente” em mais de um sentido, mas não tem medo de arriscar e viver suas próprias experiências. Infelizmente ser forte não é sinônimo de ser maduro. Assim como muitas pessoas Amy atingiu a maioridade e crê que isso a fez uma adulta, mas ela não amadureceu e agora terá de fazê-lo co os golpes dados pela vida.
Amy é mais parecida comigo do que eu gosto de admitir. Sei por experiência própria como é dizer que tem escrito muito, e isso ser visto como não estar fazendo nada. Sei como é lidar com sua “inexperiência”, e sentir-se confusa e constrangida quando algo dessa temática lhe é exposto publicamente. Infelizmente eu sei a dor de ter seus versos rejeitados. Eu demorei muito para desenvolver autocrítica. Sua obsessão com o poeta Rat Billings me lembra de escolhas não muito agradáveis ou sensatas que já tomei uns tempos atrás. Curioso que mesmo após os golpes, decepções e rejeições ela encontrou uma nova chance onde ela mesma olhava com preconceito. Isso sempre me lembra de sempre manter a mente aberta e expandir meus horizontes.
O filme é uma receita de bolo cheia de clichês, mas eu não acredito que fosse diferente sendo uma comédia de amadurecimento vinda de onde veio. Para o seu publico o filme funciona, mas não acredito que ela vá agradar qualquer um que assisti-lo. Com certeza, aspirantes a poeta e a artistas vão ser os que mais devem tiram dele alguma coisa, comigo acabou de ser assim. Emma Roberts não é uma grande atriz, mas faço votos de que cresça, eu gostei dela. Não é exatamente um filme bom. Mas acredito que há e que haverá outras pessoas que assim como eu foram e serão tocadas por ele em algum nível. Para todos os aspirantes a poetas, escritos e artistas em geral eu destaco essa frase: Se você quiser criar arte deve fracassar, o trabalho do artista é o de fracassar melhor.

Aos cinéfilos interessados: Filmow, IMDB, Download.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Balanço da Semana #11

Bom dia para todos que assim como eu estavam esperando ansiosos por esta semana. Essa foi uma semana de muitos planos, principalmente para estes próximos sete dias. Desde que eu me entendo por gente eu faço planos, e o mais comum é ver estes fracassarem, mesmo em meio as minhas grandes realizações. Nos planos que fiz nesta semana eu já coloco mais o pé no chão.
Quanto a blogs ouve muitos pontos altos, o maior deles foi o vídeo “Book Talk #4: Opiniões negativas sobre livros” da Tatiana Feltrin. Já houve ocasiões em que pensei escrever uma resposta para algum vídeo de Vlogs, mas o meu Opiniões Negativas Sobre Livros acabou sendo o primeiro. Conheci novas Tags, li textos muito bons, e fiquei muito ansioso com novos trabalhos de bandas que eu adoro e lançarão novos trabalhos nos próximos meses. Adorei conhecer o Blog da Erika Ruggio e o da Gabbie Fadel. Um texto que merece destaque é o “Cobertura Espiritual, Isso é Bíblico?” do blog Vozes da Reforma, pois é um tema que nunca acreditei e penso que outras pessoas deveriam ler este texto. Um vídeo que também merece destaque é o “5 Passos pra Realizar seus Sonhos em 2014 - LdV 178” da Lully, que por mais simples que pareça, me é um problema.
Eu comecei está semana indo assistir ao maravilhoso Vidas ao Vento (Filmow) do mestre Miyazaki (Filmow). Depois ao longo da semana eu terminei de assistir a série do The Lost Canvas ((Filmow) (Filmow)) de Osamu Nabeshima (Filmow), adaptado do mangá de Shiori Teshirogi (Skoob) e baseado na obra do Kurumada (Skoob) sensei, agora vou ficar em Kimi Ni Todoke (Filmow). E por fim ontem eu revi Thor: O Mundo Sombrio (Filmow) de Alan Taylor (Filmow) e James Gunn II (Filmow), e fechei a semana revendo A Viagem de Chihiro (Filmow) também do mestre Miyazaki. Antes que eu me esqueça, não me acostumei com essa mudança na data de estréia do filmes novos, ainda estou com duvidas.
Nessa semana eu li mais dois capítulos da Menina Que Roubava Livros (Skoob) do Markus Zusak (Skoob). Eu sei que ainda é muito pouco, mas agora falta pouco do livro, vou me esforçar para terminar ele até o fim deste mês. Até que eu conclua-o vou focar somente nele, como ainda tenho 14 dias tenho convicção de que consigo. E de escrita eu quero focar um pouco mais nas coisas do blog que ainda estão em atraso.
No balanço geral ao mesmo tempo em que foi uma semana de preguicinha pra umas coisas, foi uma semana produtiva para outras. Mas poucas vezes neste ano eu esperei com tanta vontade que uma semana acabasse. Meus planos estão voltados para esta nova semana, assim como meu planejamento para não me desviar deles após alcançá-los, pois não basta apenas começar. Por hoje é isso, bom dia e boa semana a todos, e boa sorte.

sábado, 15 de março de 2014

Saint Seiya: The Lost Canvas - 1ª e 2ª Temporadas

Assistido em: 15 de Março de 2014.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica
Hoje eu terminei de assistir mais uma vez Saint Seiya: The Lost Canvas, praticamente eu assisto este anime uma vez ao ano, mas ele não estava programado para ser o terceiro anime deste ano. Depois de terminar de assistir X-Men eu tinha em mente começar o anime Wolverine, mas desisti logo no primeiro episódio. Ou eu não fui com a cara dele ou ele é muito ruim, provavelmente um misto dos dois. Mas enfim, vim para o The Lost Canvas e daqui vou para o Kimi Ni Todoke.
Meu primeiro contato com o anime foi pela internet através de noticias sobre o mangá, mas eram poucas noticias, pois eu sempre procurei mais nessa época pelo The Next Dimension. Quando o mangá começou a ser publicado no Brasil em 2009 eu fui pego de surpresa, já estava na quarta edição e eu não havia sabido de nada. Nessa época eu era muito duro, não que um por mês fosse difícil, não é, mas até então eu não sabia onde poderia comprar os anteriores e acabei desistindo. Nesse mesmo ano eu fiquei sabendo que o anime tinha sido lançado, mas tive de esperar um pouco mais. Só na metade de 2010 eu pude ter internet em casa e fazer meus próprios downloads, e foi justamente The Lost Canvas a primeira coisa que eu fui correndo baixar. Na época eu ainda não sábia como fazer, e através dele que aprendi.
Eu vibrei naquele ano de 2010 com os treze episódios da primeira temporada. E um ano depois com mais treze da segunda temporada, mas a série parou por ai. Há que diga que ela somente foi adiada, mas o comunicado oficial da TMS Entertainment é de que até a série está cancelada, ao menos por enquanto. Pela internet há boatos sobre um possível briga judicial com a Toei Animation criadora da anime original, mas por hora são meros boatos. Há também quem alegue que série não tenha dado lucro no Japão, e não é a primeira vez que ouço algo desse tipo.
Para mim por ser uma série nova, e que eu quase não conhecia nada foi uma grande novidade. Ela inclusive teve um impacto melhor em mim por ser inédita, do que assistir hoje depois de grande ao anime antigo, tendo por este toda uma bagagem emocional da minha infância. Eu não quero que isso pareça que eu desmereço alguma delas, não estou fazendo isso. Mas por ser algo inédito eu consegui lançar um olhar muito mais livre e aberto para o que eu receberia dela, e da mesma forma consegui ser mais empático à estória e aos personagens. Aqui é gasto um tempo para que nos apeguemos e importemos mais com os personagens, e o melhor de tudo é que isto conseguiu ser feito sem precisar alongar desnecessariamente a série. A estória mais longa vista aqui foi a de El Cid que durou cinco episódios, mas ela não era somente dele. É genial que em dois episódios eles consigam nos apresentar um personagem, fazer com que nos importemos com ele, e lamentar sua morte caso esta ocorra. Devo confessar que em todas as vezes que assisto ao 12º episódio da primeira temporada uma lágrima escapa pelo canto do olho. Mesmo sendo uma versão alternativa da Guerra Santa anterior este anime não fica devendo quase nada a obra original de Kurumada Sensei.
É um grande alivio ver que The Lost Canvas faz contraponto de peso em péssimos detalhes estéticos que permeavam todo o anime Saint Seiya desde este novo milênio. Eu lamento o cancelamento do anime. Seu ponto de termino é justamente a metade da série no mangá, ele é o meio mais simples de eu terminar de conhecer a estória. Espero conseguir adquirir essa série ainda nesse ano. Que riam de mim, mas eu sou esperançoso o suficiente para torcer pela continuidade do anime e mais, que seja animado para as telas o The Lost Canvas Gaiden. Enfim The Lost Canvas é indispensável para quem quer que seja fã do universo Saint Seiya.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Opiniões Negativas Sobre Livros

Ter opiniões negativas sobre livros no meio virtual é uma das formas mais fáceis de ser odiado e/ou insultado. Recentemente eu estava num debate no facebook sobre a influência positiva e negativa de certos livros para a Literatura, mas nem tudo é um mar de rosas. Apenas pelo fato de a questionadora ter chamado de “modinha” dois xodós de muitos jovens leitores, no caso Harry Potter e Crepúsculo. Nisso ao invés de responder a questão que foi proposta, a maioria das pessoas dedicou um bom tempo em ou insultar a questionadora, ou tentar levantar defesas pseudo-intelectualizadas dessas duas obras. Mas o mais ridículo ocorreu depois, visto que apenas alguns poucos buscaram responder o que efetivamente foi perguntado, a questionadora refez a pergunta. A mesma só que dessa vez a única diferença era que ela não usou a expressão “modinha” que obviamente ofendeu uma legião de xiitas. E nesse caso ela foi acusada de não ter sido incoerente e ter feito duas perguntas diferentes.
Esse pequeno evento me deixou com uma pulga atrás da orelha. Era como ter alguma opinião contrária a uma preferência coletiva ser um crime execrável ou um pecado mortal. Então eis que alguns dias depois a Tati Feltrin lança em seu canal justamente um vídeo com este tema: Opiniões Negativas Sobre Livros.
Depois de assistir este vídeo eu me peguei pensando numa idiotice que escutei na semana passada, a frase dizia “Eu não gosto de critica, pois o critico coloca muita o opinião dele”. Pessoas assim deveriam aprender o que algumas palavras significam antes de sair internet a fora as vomitando. No mesmo dia eu assisti ao vídeo da Janine Stecanella onde ela estava tímida em expor sua avaliação da adaptação de Cidade dos Ossos, pelo simples motivo de ter preferido o filme ao livro. A moça o tempo todo ia rápido dizendo, e repetindo, que aquele era sua opinião, quase como se ela não tivesse liberdade para pensar algo diferente do resto dos fãs.
Nas redes sociais é tratado quase como um absurdo que alguém prefira uma adaptação ao livro original. Pelas redes sociais umas das coisas mais fáceis de encontras são pseudo-intelectuais que desejam ser normalistas até mesmo da opinião alheia. Mas a minha liberdade de pensamente eu não troco por nada, muito menos para tentar agradar outra pessoa. Bom aqui embaixo está às três perguntas propostas pela Tati Feltrin no seu vídeo, seguidas das minhas respostas de cada uma.

Questões propostas

Opiniões negativas de outros sobre um determinado livro já te fizeram desistir de comprá-lo e/ou lê-lo?
Minha resposta: Na verdade não, o efeito provocado em mim foi exatamente o oposto. Ler opiniões negativas sobre determinados livros acaba é atiçando a minha curiosidade sobre este livro. Um exemplo que aconteceu comigo foi o livro 100 Escovadas Antes de Ir Para a Cama, da italiana Melissa Panarello, que de tanto que eu li falarem mal decidi lê-lo. No fim das contas quase todas as críticas negativas eram infundadas, e particularmente movidas por puro preconceito e falso moralismo. Apesar de o livro não ser grandes coisas, as resenha sobre ele eram muito piores.
Mesmo quando você discorda da opinião negativa de alguém, você costuma levar essas opiniões em consideração e repensar determinados aspectos de um livro do qual gosta? Ou, simplesmente descarta a opinião negativa de terceiros?
Minha resposta: Sim eu considero estas opiniões. Eu escrevo sobre a minha experiência com os livros e os filmes que leio e assisto, portanto ter contato com opiniões divergentes são enriquecedoras. Mas infelizmente eu acabo tendo que descartar a maioria das opiniões. Muitas vezes eu vejo opiniões com belas palavras que infelizmente estão numa fala vazia, e sem qualquer senso de um olhar crítico. Mas há também aqueles que tecem mil e um argumentos muito elaborados para tentar simplesmente ocultar o fato de que ele que não gostou de determinada obra. Mas nenhum desses realmente me incomoda, o pior grupo é o dos preconceituosos que não aceitam uma opinião diferente e encaram uma crítica negativa a algo que gostam, ou uma positiva sobre algo que odeiam como uma ofensa pessoal.
Se você tem um blog ou um canal no Youtube, qual é a sua política pessoal sobre livros que leu e dos quais não gostou? Você deixa de falar sobre esses livros? Ou, fala, mas mede as palavras ao criticá-los negativamente?
Minha resposta: Eu prefiro a honestidade acima de tudo, ainda que isso possa me atrair “inimigos”. Eu não seu uma pessoa de medir muito as palavras. Porém há um fato importante sobre mim nestas horas: Eu sou muito preguiçoso, ainda mais quanto ao que não gosto. Tenho preguiça de escrever sobre o que não gosto, prova disso é o quanto que em mais de dois anos de blog ele ainda está tão incompleto e cheio de atrasos.
Termino citando Renato Russo: Quem pensa por si mesmo é livre, e ser livre é coisa muito séria.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Vidas Ao Vento

Sinopse
A vida de Jiro Horikoshi, designer dos aviões usados pelo Japão na II Guerra Mundial.

Assistido em: 10 de Março de 2014.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica
Finalmente eu assisti ao último dos três filmes do ano passado que eu mais aguardava, mas infelizmente por questões do mercado dois tiveram de esperar até este ano. Círculo de Fogo do Guillermo del Toro foi o único que consegui assistir ano passado, Ninfomaníaca do Lars VonTrier e Vidas ao Vento do Hayao Miyazaki tiveram de aguardar, só que pelo menos todos eles eu consegui assistir na tela grande de bons cinemas.
Dos estúdios Ghibli não, mas do mestre Miyazaki este foi o primeiro filme de não fantasia que eu assisti, foi para mim uma grande novidade. Um rápido adendo, essa novidade me lembrou que eu tenho sido displicente com a obra dos estúdios Ghibli. Eu baixei todas via torrent, mas assisti quando muito, metade de seus filmes, eu devo corrigir isso.
Eu demorei até descobrir do que se tratava o filme, quando soube que seria lançado eu só pensei “É um novo Miyazaki, eu quero e vou assistir”. Quando saiu o primeiro trailer eu fiquei um pouco confuso, ele estava em japonês, não tinha legendas, mas o título do filme estava em inglês. Outra coisa em que o trailer me deixou confuso, e depois vendo o filme fez muito sentido, é que Miyazaki gosta de repetir a cara de alguns personagens diferentes em filmes diversos. Um exemplo, caso não tenham reparado Howl, Haku e Ashitaka têm rostos muito parecidos. Da mesma forma Tatsuo Kusakabe de Meu Vizinho Totoro é muito parecido com o Jiro Horikoshi deste filme, tanto que na primeira vez que assisti ao trailer fiquei imaginando se não haveria ligação com o mundo de Totoro. Quando por fim descobri sobre a temática do filme, o que só aconteceu um mês atrás, eu fiquei preocupado por ele se inspirar numa história real, uma vez que eu não sou grande conhecedor da História japonesa.
Conhecemos Jiro ainda criança, nos seus sonhos, os inocentes sonhos de uma criança, eles mostra muito bem como medo por algo em que somos falhos pode nos tornar inseguros. Mas nestes mesmos sonhos que ele encontra o seu caminho de vida. Jiro tem uma dedicação muito forte em seu caminho, dedicação essa que alguns chamam de cega, mas então eis que faço uma pergunta: Um sonhador, um visionário deve abandonar o seu sonho pela possibilidade do uso que poderão fazer de sua criação? Jiro segue firme em seu caminho, mas ele não se esquece da vida para entrar num mundo de sonhos, ele busca viver estes sonhos enquanto está vivo. Jiro quer cumprir seu trabalho, que viver com a mulher que ama, e quer conhecer e criar novas peças para voar. Jiro não se importa com guerras ou conflitos geopolíticos e não consigo achar que ele é errado em ser assim. Jiro é guiado por seus sonhos, e não há vida mais bonita do que aquela onde os sonhos tornam-se reais.
A canção de encerramento deste filme é um capítulo aparte, sem dúvida é uma das melhores de um fim Ghibli. Agora me é muito difícil saber qual eleger a minha favorita, mas ela é uma das mais fortes. Toda a trilha sonora merece ser aplaudida de pé, ela toda está muito bem harmonizada com as cenas, os diálogos, as paisagens, os encontros, a vida e os sonhos.
Como eu disse essa foi o primeiro filme de não ficção do mestre Miyazaki que eu assisti, mas esse pequeno detalhe não desmereceu o filme em nada, pois no fim, na verdade desde o começo, Miyazaki mostra com maestria que a fantasia não depende apenas dos elementos fantásticos. Miyazaki mostra que a fantasia começa aqui, nos desejos e sonhos que nascem nos nossos corações e habitam as nossas mentes. Miyazaki mostra com perfeição que não há estória mais fantástica e extraordinária do que a de nossa vida, e o quanto ela é valiosa.

Aos cinéfilos interessados: Filmow, IMDB, Trilha Sonora.

Balanço da Semana #10

Bom dia se vocês também tiveram uma semana muito agitada. A minha foi tão agitada que deixei de fazer algumas coisas que tinha planejado, e nem percebi isso antes de ontem de noite. Mas olha que essa foi nesse ano uma das semanas que mais gostei.
Foi muito divertido ver a Tati Feltrin responder a “TAG: Palavras Cruzadas”, eu ainda não me decidi qual tag eu respondo primeiro aqui no blog. E o vídeo “Desafio Literário: The Rory Gilmore Book Challenge - Vídeo #1: Os livros que eu já li”, não há duvidas de que seja um desafio para a vida, e infelizmente eu ainda estou muito distante disto. Adorei conhecer um novo blog, o Lully de Verdade. Foi muito bom assistir “Quero ser Crítico de Cinema! E agora?! - Lully deVerdade 172” e o “Dicas Práticas para Escrever Melhor - Lully de Verdade 157”, gostei muito de ambos.
Terminei de assistir a primeira temporada do The Lost Canvas (Filmow). A minha pretensão era assistir as duas, mas não deu tempo. Só antes de ontem à noite eu percebi que não tinha assistido a nenhum filme. Hoje pela manhãzinha que eu assisti a adaptação de Azul é a Cor Mais Quente (Filmow) de Abdellatif Kechiche (Filmow), um ótimo filme, mas eu estou confuso com algumas das suas questões apresentadas. Ainda hoje mais tarde eu pretendo ir ao cinema assistir ao novo trabalho de Hayao Miyazaki (Filmow), aqui no Brasil lançado como “Vidas ao Vento” (Filmow).
Nessa semana eu li mais um pequeno capítulo da Menina Que Roubava Livros (Skoob) do Markus Zusak (Skoob), mas dessa foi por estar realmente ocupado, mas eu ainda vou terminar este livro, vou tentar para antes do fim deste mês. Eu comprei e li o maravilhoso Azul é a Cor Mais Quente (Skoob) de Julie Maroh (Skoob), essa foi uma obra de beleza e sensibilidade extraordinárias. Também li os cinco volumes que compõe o ótimo Saint Seiya - Capítulo 2: Poseidon. No dia em que fui à livraria retirar o Azul é a Cor Mais Quente, que eu comprei pela loja virtual, eu queria comprar um livro para me dar de presente. Eu tinha em mente O Hobbit (Skoob) na edição bonita que tem a capa do Tolkien (Skoob), mas na hora mudei de ideia e me presenteie com Mrs Dalloway (Skoob) da Virginia Woolf (Skoob). Eu nunca li nada dela, mas tenho muita vontade, este em especial, muito embora não tenha uma perspectiva recente de quando vou começar ele. Estranhamente Virginia Woolf é uma autora da qual eu tenho vontade de ler a obra completa, mas ainda não li nada, acho que esse é uma ótima escolha para começar.
No balanço geral foi uma semana de realização de metas, e nisso tive muita satisfação. De fato os planos que eu tinha para o carnaval minguaram todos, mas até acho que foi melhor assim. Neste ano eu tentei fazer uma reedição do carnaval do ano passado contornando os pontos que não tinham dado certo e fazer com que dessa vez funcionassem. Mas tudo isso foi idiotice, em 2012 o meu carnaval foi bom justamente por ir atrás do que de novo e bom a vida poderia me trazer, e eu não deveria desistir disto. Por hoje é isso, bom dia e boa semana a todos, e boa sorte.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Balanço da Semana #09

Bom dia finalmente terminou fevereiro, e caso vocês se lembrem, eu tinha dito que tinha muitos planos, e isso era verdade, mas no fim das contas a preguiça foi mais forte, mas isso nem foi de todo mal, de fato foi relaxante e libertador.
Dos blogs e vlogs que eu sigo a única coisa relevante que eu assisti “Hilda Hilst: "A Obscena Senhora D" e "Fico Besta Quando me Entendem"” da Tatiana Feltrin. Mas não me entendam mal, não é exatamente  a única de tudo que recebi de atualizações, mas foi à melhor, e isso também é pelo fato de que marquei quase tudo que recebi de atualizações para ver mais tarde, e nisso já foi mais uma semana chegando ao fim.
Nessa semana eu terminei de assistir ao anime X-Men (Filmow), na semana passada eu já tinha começado, mas na hora que escrevi o balanço eu me esqueci de falar disso. Eu até pensei em assistir depois dele o anime do Wolverine (Filmow), mas nem saí do primeiro episódio de tão ruim que achei, e nesse caso comecei a rever o The Lost Canvas ((Filmow) (Filmow)). Quanto a filmes o principal dos meus planos era assistir ao máximo que eu conseguisse, especialmente no final de semana do carnaval, mas eu só assisti um, e nem foi um inédito. O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel (Filmow) do Peter Jackson (Filmow), minha ideia era rever os três filmes nas suas versões estendias, tinha mais de um ano que eu não fazia isso, mas acabei ficando apenas no primeiro mesmo. E de resto meus planos continuaram como planos.
Eu li apenas dois minúsculos capítulos de A Menina Que Roubava Livros (Skoob) do Markus Zusak (Skoob), e de resto mais nada, apesar dos planos que fiz não passei disso. Quanto ao Um Conto do Destino (Skoob) de Mark Helprin a minha sina continua, as Lojas Americanas trocaram o produto defeituoso, mas me trolaram e mandaram outro também defeituoso, essa foi a primeira e última vez que eu comprei livros com eles. Devo dizer que eu fiquei surpreso quando percebi que neste mês eu não escrevi nenhuma poesia, nem tinha me dado conta disso, e inspiração não faltou.
No balanço geral foi uma semana libertadora, pois se eu não estiver a fim de fazer algo, mesmo sendo algo que eu planejei fazer, eu não sou obrigado a levar a diante. No começo eu me senti frustrado por não conseguir fazer o que queria, mas depois eu percebi que isso acabou me fazendo relaxar e descansar das pressões que eu mesmo coloquei sobre meus ombros. Agora que o mês de março começa, eu me sinto leve, e obviamente com muitos planos, mas por hora são apenas planos. Por hoje é isso, bom dia e boa semana a todos, e boa sorte.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Balanço da Semana #08

Bom dia (dessa vez é de verdade), eu demorei um pouco na fase ruim que estava passando pelas minhas emoções, e fiquei três semanas dando murros em pontas de faca, mas agora já há luz no caminho para guiar meus passos. Curioso que para esta luz ascender só faltava o óbvio, mas mesmo assim eu teimei em não abrir os olhos e ver o que precisava ver, mas sabendo que era necessário. E tem horas em que eu ainda me acho o ser mais inteligente deste mundo.
Acabei quase não ouvindo música nessa semana, e nisso me esqueci de procurar e baixar o novo álbum do Van Canto. Já os blogs que eu acompanho renderam momentos divertidos ótimas dicas de leituras, e um reforço na minha confiança como blogueiro. Um milagre aconteceu as 4atoas não morreram e “O Universo das Loucas por Esmalte” é um vídeo de futilidade, mas mesmo assim é divertido. Foi muito legal ver “CabineLiterária & Aviviu” e da fofa Vitória Scritori eu tenho feito uma “maratona” dos vídeos, acabando essa eu faço dos textos, que por sinal são muito mais rápidos que os vídeos, mas não que isto seja um problema, pois não é. Adorei a Vevs em “Doctor Who: aquele em que a Vevs toma partido na discussão RTD xMoffat (ou quase)” é uma série que tenho muita vontade em assistir, e antes dos vídeos dela eu não sábia exatamente por onde começar. A resenha “Pelos olhos de Maisie” (Skoob) do Henry James (Skoob) pela bonitinha Monique Portela do blog Ninhada Literária aumentou minha vontade de lê-lo. Do blog Desejos em Poesia eu gostei muito de Tudo em Nós. E a página Mujeres Goticas no face é um lugar onde sempre consigo ver belas fotos de lindas mulheres sensuais e elegantes, é uma recomendação para os que amam fotografia e admirar o belo.
Nessa semana eu comecei revendo Cidade dos Ossos (Filmow) de Harald Zwart (Filmowque eu tinha assistido ano passado, eu gosto deste filme, mas não tenho interesse no livro, mesmo tendo um exemplar. Após isso continuei com The Walking Dead (Filmowque neste ano parece ter melhorado uma vez que a segunda parte da terceira temporada não foi grande coisa. Assisti ao maravilhoso Blue Jasmine (Filmowdo Woody Allen (Filmow), depois à explosão de fofura Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música (Filmowde Peter Sollett (Filmow). E fechei essa semana indo ao cinema para assistir Um Conto do Destino (Filmowdo Akiva Goldsman (Filmowem seu primeiro trabalho no cinema como diretor. Este último foi uma boa surpresa, pois pelo trailer eu imaginei algo diferente e que poderia estragar a estória, Jennifer Connelly (Filmowestá nesse filme, mas quanto a isso eu preciso fazer um adendo: Eu gosto muito dela, mas gostaria de vê-la em papeis de maior destaque, nos últimos que assiste ela sempre estava atuando como pequena coadjuvante. Ela já ganhou um Oscar, mas mesmo assim é pouco requisitada.
Continuo lendo A Menina Que Roubava Livros (Skoob) do Markus Zusak (Skoobda qual eu li três pequenos capítulos, e o A Fúria dos Reis (Skoobde George R.R. Martin (Skoob), que só li mais dois capítulos, Tyrion II e Arya III. Finalmente eu terminei de ler A Pessoa Amada (Skoobdas meninas do Clamp, e a minha crônica deste mangá praticamente foi à única coisa que comecei a escrever e concluí. Nessa semana eu comprei Um Conto do Destino (Skoobde Mark Helprin pela loja virtual das Americanas, o livro me foi entregue no dia em que fui assistir ao filme, mas infelizmente veio amassado e com um rasgo na lombada. Só mesmo com este detalhe eu estou tranqüilo, pois entrei em contato com a central de atendimento e um novo exemplar ficou de ser-me enviado até o dia 13 de Março. A ruim é que foi mais uma semana que terminou e eu nem percebi que não havia começado Viagem & Vaga Música (Skoobda Cecília Meireles (Skoob), eu estou acumulando muita coisa para ler, mas estou ficando animado com este grande desafio. Uma coisa ruim é que eu ainda escrevo devagar e eu quero terminar o que deixei atrasado, para mim é mais que uma questão de honra, é uma questão de auto-superação.
No balanço geral essa semana foi quase igual às duas anteriores, semanas de melancolia e baixíssima produtividade, minha terapeuta pensa ser por ter abandonado os medicamentos psicotrópicos, mas eu discordo. Eu não nego os meus transtornos psicoemocionais, e nem que preciso de alguma forma de tratamento, mas não era pela ausência dos medicamentos que tive esta última fase para baixo. Estranho que só no fim de semana eu percebi que já sábia há muito tempo o porquê estava nesta fase, mas me recusei a enxergar isto ou o que eu deveria fazer para melhorar. Talvez isso possa ser chamado de auto-sabotagem. Nessa semana que começa eu estou até um pouco ansioso, eu não quero ficar parado dando lugar ao marasmo do tédio que é um dos melhores caminhos para me levarem para baixo. Eu quero estar ativo e produtivo, e não me limitar a mim mesmo. Está é a semana de inicio do Carnaval, e como todos os anos fiz muitos planos para o fim de semana. Por hoje é isso, bom dia e boa semana a todos, e boa sorte.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A Pessoa Amada

Título Original: Watashi no Sukinahito.
Autor: Clamp
Editora: New Pop.
Gênero: Shōjo.
Ano de lançamento: 1995.
Nº de páginas: 136.
ISBN: 978-85-60647-91-0

Leitura concluída em: 18 de Fevereiro de 2014.
Avaliação: 08 Estrelas (Ótimo)

Minha Crônica: Não há duvidas que para a literatura haja temas universais, mas por mais que uns chamem de banal ou de clichê, o “Amor” provavelmente sempre será o de maior interesse e relevância para todos os leitores em todo o mundo, ainda que alguns não admitam isto. Mas todos os temas que são abordados aqui pela perspectiva das relações amorosas poderiam ser usados para confrontar questões profundas das nossas existências.
Que atire a primeira pedra quem nunca quis ficar diferente, ou foi achado fresco por olhar algo com um olhar bonitinho, quem nunca quis com muita intensidade ver outra pessoa, ou nunca teve qualquer conflito pela sua idade e a de outros. Que atire a primeira pedra quem nunca teve uma mudança de repente no que sentia ou em como enxergava algo, quem nunca quis estar junto, ou desejou ser bonito/a, ou já foi inseguro quanto o que lhe não dava segurança. Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu falta de coragem, ou nunca teve qualquer problema com algo “normal”, ou já ficou incomodado/a por causa de distâncias, e quem nunca pensou em casamento. Todas elas sensações e sentimentos muito comuns a qualquer ser humano.
Eu senti muita tristeza com este mangá mesmo com os momentos de alegria e as boas risadas que ele me deu de presente. Era uma tristeza funda, no âmago da alma. Eu coisas e pessoas que eu perdi, mas nunca superei, eu mais uma vez fui posto defronte o vazio que tem sido a maior parte da minha existência, e do como tenho falhado comigo mesmo, e desta forma causando dor (ainda que sem pretender) a quem não mereceria. E já consegui perceber tudo isso, e o que mais me esperava logo pela primeira estória que dá o tom da obra por inteiro, um mangá feito em esquetes onde cada uma destas curtas estórias é de profundidade poderosa o suficiente para arrastar um pensador por uma noite inteira de contemplação. Saudades de Penseroso, muitas saudades. Não falo sobre minhas experiências com cada uma delas agora, pois já o fiz nos históricos de leitura do Skoob.
A parte física do mangá deixou a desejar. O grande problema papel branco é que ele retém com muita força o cheiro da tinta, isso não deixa o quadrinho com o melhor dos cheiros que há para se encontrar num livro. Eu não sei qual o tipo do papel usado para as páginas coloridas do primeiro capítulo, mas ele consegue manter o cheiro ainda mais incomodo que o papel branco. Não importa o tipo de quadrinho, mas para mim papel jornal sempre é melhor do que estes outros dois, em especial para quadrinhos coloridos, apesar de agregar com um pouco mais de força o cheiro de poeira. A lombada dele era muito dura, apesar de ser fina, enquanto eu lia estava com medo dela partir, ou de me deixar às páginas soltarem, ou pior ainda, o mangá vir a desmontar como as velhas e mal feitas edições da Conrad.
A Pessoa Amada com certeza é um mangá atípico comparado aos que estou acostumado a ler, primeiro por serem esquetes, segundo por não ter nada de fantasia. Eu preciso ler mais coisas desse estilo, sempre é maravilhoso expandir horizontes.

Aos Skoobers Interessados: Livro no Skoob e na minha Estante.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Balanço da Semana #07

Bom dia (meu mau humor responderia perguntando o que tem de bom), mas é realmente imaturo ficar prendendo-me numa semana que foi ruim, pois na realidade já estamos numa nova semana. Acho que há menos que se falar desta semana, do que houve na anterior, mesmo não tendo sido minha intenção.
Houve algo capaz de salvar essa semana, as músicas que me acompanharam, mas alguns momentos de blogs que acompanho renderam momentos divertidos. Foi algo formidável aprender como fazer Kinder Ovo no Ana Maria Brogui, agora eu não preciso me tornar milionário para comer essa maravilha que na minha infância não custava mais de R$ 0,50. Adorei a Vevs comentando O Festim dos Corvos, mas ainda falta muito para eu chegar nele. Dessa vez eu assisti no A Vi Viu ao “Especial de 101 vídeos!” e ao “O Retrato de Dorian Gray + O Clube do Livro do Fim da Vida” (nesse último um livro que quero muito ler, e um que até então eu não conhecia). Pode até parecer estranho, mas eu gosto muito de blogs, mas eu acho que tento acompanhar mais deles do que de fato consigo, mas não há nada como inexistência de vida social.
Nesta semana eu assisti ao maravilhoso Ruas de fogo (Filmow) de Walter Hill (Filmow), revi o ótimo Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida (Filmowde Nicholas Meyer (Filmow), e assisti ao episódio de retorno da quarta temporada de The Walking Dead (Filmow). É pouco, muito pouco.
Nesta semana eu prossegui lendo A Menina Que Roubava Livros (Skoobde Markus Zusak (Skoob), mas eu li apenas um capítulo, e o mesmo ocorreu com A Fúria dos Reis (Skoobde George R.R. Martin (Skoob), li Jon I, é pouco, muito pouco. Comecei a ler um mangá, eu comecei A Pessoa Amada (Skoobdas meninas do Clamp, e nem é uma estória longa, mas li pouco mais da sua metade.
No balanço geral está foi uma semana mais do que melancólica, ela foi doentia, em especial no fim de semana. Mesmo sem estar doente o meu corpo se comportava como se de fato estivesse. Fortes dores de cabeça com fortes tonturas, dores musculares e ósseas, um embolado horrível no estomago seguido de enjoos, e um pouco de náuseas, tudo coroado com diarreia. E este mal estar obviamente me tirou qualquer animo que eu pudesse ter. Mas pelo menos hoje eu estou me sentindo melhor, e espero progredir ao longo da semana. Mas ao menos eu resolvi alguns dos atrasos que eu tinha me proposto a solucionar. Só que mesmo assim, e com o desanimo que acordei sentindo, essa nova semana me deixou muito curioso. Por hoje é isso, bom dia e boa semana a todos, e boa sorte.

Playlist #03

Bom dia, enfim depois de três semanas há uma nova playlist, apesar de ser uma pequena. Se tiver uma coisa capaz de salvar uma semana tenebrosa é a maravilha da música, e ainda que não chegue a salvar, ajuda muito a enfrentar alguns momentos. Antes de eu ir aos novos devo frisar que além das novas músicas ouvi muito da Playlist #02, mas vamos ao que importa.

Into the West (Youtube) do Van Canto, eu amo Van Canto e eu amo essa música, foi um casamento perfeito. Até mais que perfeito, eu gostei mais desta cover do que da original cantada pela Annie Lennox, e ela tinha sido uma das que tiveram momentos muito importantes na minha adolescência. Curioso que só agora eu me lembrei que já passou a data prevista para o lançamento do novo álbum, eu tenho de pesquisar isso.
Hell to the Heavens (Youtube) do Leaves' Eyes, eu ainda não conhecia este conjunto, por hora só ouvi está uma música, mas estou muito interessado em conhecer mais dos seus trabalhos.
I Need You (Youtube) Adrian Von Ziegler, eu adoro as músicas que este homem compõe, eu sempre me emociono ouvindo-as.
Por último, mas em nada menos importante, temos a maravilhosa trilha sonora do maravilhoso filme Ruas de fogo. Como eu tinha um cd original da trilha sonora próximo de mim, eu fiz para mim uma copia dele, mas para quem estiver interessado ao lado da imagem da capa do álbum eu vou deixar um link para download torrent.


Streets Of Fire OST (1984)


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ruas de Fogo

Ficha Técnica
Título Original: Streets of Fire.
Direção: Walter Hill. Roteiro: Larry Gross, Walter Hill. Produtores: Joel Silver, Lawrence Gordon I.
Elenco: Amy Madigan, Bill Paxton, Deborah Van Valkenburgh, Diane Lane, Ed Begley Jr., Elizabeth Daily, Grand L. Bush, John Dennis Johnston, Lee Ving, Lynne Thigpen, Michael Paré, Mykelti Williamson, Peter Jason, Richard I Lawson, Rick Moranis, Rick Rossovich, Robert Townsend, Stoney I Jackson, Willem Dafoe.
Países de Origem: Estados Unidos da América. Estréia Mundial: 1 de Junho de 1984.

Sinopse
Em algum lugar no tempo, numa cidade que pode ser a nossa, a violência urbana chega a níveis insustentáveis. Cada vez mais as gangues de rua se apoderam dos espaços públicos, fazendo de cada quarteirão o seu verdadeiro domínio de violência. Os representantes da lei já não controlam mais a situação. É nesta situação caótica que uma cantora de rock é sequestrada por uma gangue de motoqueiros. Seu namorado retorna então à cidade e, ao descobrir que ela é mantida refém, parte para o resgate. Mas para isso ele deverá passar por um inferno de gangues rivais, verdadeiros selvagens sem lei que não medem esforços para proteger seus domínios.

Assistido em: 10 de Fevereiro de 2014.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica
Como eu pude quase chegar aos 26 anos de vida e só agora assistir este filme maravilhoso, e pensar que mesmo tendo este filme a minha disposição nos últimos seis anos eu só assisti num dia em que estava entediado e queria matar o tempo. Eu normalmente sou um dos primeiros a querer apedrejar o cinema de Hollywood, mas agora me curvo a uma grandiosa produção. Um casamento quase perfeito de direção de arte, roteiro, trilha sonora, direção, e um elenco primoroso.
Um protagonista/herói/badboy que faz um homem suspirar e dizer para si mesmo que deseja ser como ele quando crescer. Uma Mulher que faz um homem suspirar três coisas: 1° Eu seria o homem mais feliz do mundo ao seu lado. 2° Que diva poderosíssima. 3° Que tesão de Mulher. Mas curiosamente nesta última o vilão pensou parecido. Diane Lane está maravilhosa, para mim foi impressionante ver a diferença do antes e depois dela ao longo do tempo, mas de lá muito atrás até hoje ela continua atuando formidavelmente. Um vilão que faz um homem suspirar de alegria e dizer “Eu gostei dele”. Curioso que Willem Dafoe estava tão bom que não consegui imaginar outra pessoa no seu lugar, ele assumiu o personagem com grande propriedade. Foi a melhor atuação do filme. Um empresário/namorado que faz um homem suspirar e lamentar a si mesmo, pois é mais parecido com este coxinha/idiota do que gostaria, mas tenho de tirar o chapéu para um dos poucos papéis sérios de Rick Moranis. Se eu fosse enumerar todos os bons personagens, e como eles foram muito bem interpretados eu ficaria duas semanas só neste parágrafo.
Sensacional terem escolhido uma ambientação  que não tem lugar nem tempo definidos. As músicas (com exceção do quarteto The Sorels) e as roupas noturnas (ao menos na sua maioria) lembram uma caracterização dos anos 80. Mas o quarteto The Sorels, as roupas (excluindo as que eu já falei), os veículos, e os cenários (na sua maioria) lembram uma Chicago de filmes de gangster  dos anos 50, de modo semelhante ao que Tim Burton usou cinco anos depois em seu Batmam, mas sem a parte da estética gótica.
O primeiro ataque da gangue The Bombers me incomodou, eu posso dizer que senti um bolo no estomago crescente vendo os “malucos” que tinham como fonte de prazer provocar dor e agressão a outros. Mas este ainda não era o maior incomodo, pois o pior veio enquanto eu pensava no significado do sequestro. Por que alguém sequestraria uma diva do rock? Eu só conseguia pensar em duas coisas, ou um resgate ou um estupro, e o resgate logo se percebeu que já estava descartado pelos sequestradores. Só nos restou a opção estupro, mas este é obvio que não ocorreu, pois estragaria a temática da estória, e também que são raras vezes que no cinema hollywoodiano se tem culhão para ousar, mas neste caso eu agradeço. Sem duvida mais um ponto em seu favor é ele ter fugido do “clássico” clichê do casal de heróis muito apaixonado vencer todas as oposições para no fim ficarem juntos e viverem felizes para sempre, só que não. Foi melhor como ficou em que eles acertaram suas diferenças, e mesmo ainda “apaixonados” seguem suas vidas em caminhos diferentes, livres e satisfeitos de suas escolhas.
Trilha sonora é uma arte aparte, e este filme que o diga. “Nowhere Fast” no começo do filme, e “Tonight Is What It Means to Be Young” no seu final foram às melhores escolhas possíveis. Mas ela em si é muito completa, minha única queixa é que eu queria as músicas muito mais integradas com as cenas do filme, mas não com aquelas coreografias que teimam em inserir na maioria dos musicais, e sim como as cenas que vimos, como uma verdadeira fábula de Rock & Roll. Eu vou ficar ouvindo essa trilha sonora por um bom tempo.
Este filme é fundamental para qualquer um que se ache um roqueiro, seja de qual vertente ou subgênero a pessoa for. Esse filme é como a vida, rápido, agressivo, injusto, mas também é tenro, delicado, tem sentimentos e se importa com os outros. Ao mesmo tempo em que quer mandar tudo à merda, quer acolher no coração aqueles que merecem e com quem nos importamos. É um filme selvagem, pois não nascemos para vivermos presos. É um filme fundamental para que todos vejam antes de envelhecerem, ou ainda depois de velhos. Esta noite é o que significa ser jovem.

Aos interessados deixo um link Torrent de onde baixar a sensacional Trilha Sonora.