Ficha
Técnica
Título
Original: Blue Valentine
Direção:
Derek Cianfrance. Roteiro: Cami Delavigne, Derek Cianfrance, Joey Curtis.
Produtores: Alex Orlovsky, Jamie Patricof, Lynette Howell.
Elenco:
Ashley Gurnari, Barbara Troy, Ben Shenkman II, Carey Westbrook, Eileen Rosen,
Enid Graham, Faith Wladyka, James Benatti, Jen Jones, John Doman Jerry,
Marshall Johnson VIII, Maryann Plunkett, Michelle Williams, Mike Vogel I, Ryan
Gosling, Samii Ryan, Tamara Torres.
Países
de Origem: Estados Unidos da América. Estréia Mundial: 2010.
Sinopse
Um retrato íntimo de um relacionamento
que está em franca desintegração. Com um romance outrora cheio de paixão, Cindy
(Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) são casados e têm uma filha de cinco
anos. Na esperança de salvar seu casamento eles reservam um quarto no motel,
relembrando anos atrás quando se conheceram se apaixonaram e fizeram seus
primeiros planos cheios de vida e esperança.
Assistido
em: 15 de Junho de 2011.
Minha
Crônica
Eu ainda me lembro da primeira vez que
eu assisti a esse filme, isso foi no dia dos namorados de 2011, naquela época
duas coisas ficaram muito fortes na minha cabeça: 1° A sinopse do filme era uma
enganação, eu percebi que há filmes que é muito difícil de falar, pois até
mesmo numa sinopse da estória poderia acabar vazando spoilers muito
indesejados. 2° Foi à vez que eu mais tive vontade na minha vida de estar
partilhando esse filme com alguém ao meu lado na sala de cinema, mas a pessoa
que eu queria ter partilhado esses momentos infelizmente acabou saindo da minha
vida nas semanas que seguintes.
Como a sinopse era mentirosa eu me
surpreendi muito com o roteiro, foi um olhar sobre uma estória de amor inédito
para mim até então. Poucas vezes um personagem me marcou tanto quanto este de
Ryan Gosling, na época eu olhei para ele como um exemplo de vida, e ainda tenho
essa opinião. Ver um homem romântico, sensível, com anseio de ser livre, e ter
uma vida cheia de afeto, e ainda por cima alguém não contaminado por
materialismo e consumismo foi lindo de mais aos meus olhos. Aquilo me emocionou
e me de um incentivo a mais para ser o tipo de pessoa que eu queria e ainda
quero ser nesta vida. Eu sempre ouvi muitas pessoas falarem que Michelle
Willians não é muito bonita, honestamente eu concordo, mas foi justamente isso
que neste filme a fez parecer para mim tão linda, muito mais linda do que a
maioria das beldades mundiais. Justamente por ela estar caracterizada como uma
mulher real, com imperfeições reais em sua beleza ela me atraiu tanto. E
justamente por as frustrações dela serem tão parecidas com as minhas, assim
como a sua inconstância de humor, e de não saber o que realmente quer para si e
sua família, agora e no que vir a ser seu futuro eu me simpatizei com ela. Toda
vez que eu olhava para ela e para sua vida, eu conseguia me enxergar totalmente
no lugar dela. Eu sei por experiência própria como é ser cronicamente infeliz e
insatisfeito, e com isso infernizar a vida dos que me são próximos.
Eu devo confessar que na primeira vez
que o assisti eu demorei perto de meia hora para entender a linha narrativa do
filme que alternava cenas do presente do casal, com cenas de como se
conheceram, se envolveram e apaixonaram-se. Muito mais do que as mega produções
cheia de estórias de amor manjadas e já absolutamente previsíveis, essa estória
foi uma novidade para mim. Arrisco-me a dizer que nunca antes assisti um drama
com essa abordagem para um romance. O que mais carrego do filme comigo? Muito
simples, ele me deixou com vontade mais do que de viver a sua estória, de
construir uma história própria e viver cada um de seus sabores, mesmo quando
eles forem azedos ou amargos, mas sempre com gratidão no coração pelas belas
páginas de vida que forem vividas.