quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ruby Sparks - A Namorada Perfeita

Ficha Técnica
Título Original: Ruby Sparks
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris. Roteiro: Zoe Kazan. Produtores: Albert Berger, Bart Lipton, Robert Graf, Ron Yerxa.
Elenco: Alia Shawkat, Annette Bening, Antonio Banderas, China Shavers, Chris Messina, Deborah Ann Woll, Eleanor Seigler, Elliott Gould, Emma Jacobs VII, Jane Anne Thomas, John F. Beach, Kai Lennox, Mary Jo Deschanel, Michael Berry Jr., Paul Dano, Steve Coogan, Wallace Langham, Zoe Kazan.
Países de Origem: Estados Unidos da América. Estreia Mundial: 2012

Sinopse
Calvin (Paul Dano) é um jovem e talentoso romancista que passa por um "bloqueio criativo" devido à solidão de seus dias e acaba decidindo criar uma musa imaginária que seja capaz de amá-lo. A trama se complica quando, misteriosamente, sua criação, Ruby (Zoe Kazan), ganha vida.

Assistido em: 25 de Outubro de 2012.
Avaliação: 08 Estrelas (Formidável)

Minha Crônica
Com certeza é um belo filme. De muitos modos este é um filme surpreendente, estava pensando em qual seria a melhor maneira de comentar isso sem me expor, mas achei melhor abrir o coração. No começo do filme eu me identifiquei em muito pelo meu lado de escritor, de como estou agora, como quero estar e o modo como tenho medo de ficar. Mas conforme o decorrer dele eu me identifiquei como pessoa, e com os meus relacionamentos, e nesse ponto ele chegou a ser doloroso em certos momentos. O filme se mostra pela sua sinopse e pelos seus momentos iniciais como mais uma comédia romântica, mas ele ficando até mais do que doloroso, ele vai se tornando cruel, e nesse ponto eu sofri por ver na tela falhas de caráter que eu também tenho, e estão elas plenamente expostas nos meus relacionamentos. Ensinamentos há nele aos montes, mas se eu tiver de destacar um, ele seria: “Não viva sua vida na ficção, desfrute, mas sem esquecer-se de viver e de encarar a vida, as pessoas, e os relacionamentos de frente.” Aqui está um filme que eu me sinto muito mais feliz por ter conhecido e assistido. Foi um momento da minha vida que valeu a pena ter vivido, e me fez me sentir feliz por estar aqui, vivo, para vivê-lo.

domingo, 21 de outubro de 2012

Adeus, Minha Rainha

Ficha Técnica
Título Original: Les Adieux à la Reine
Direção: Benoît Jacquot. Roteiro: Benoît Jacquot, Chantal Thomas, Gilles Taurand. Produtores: Jean-Pierre Guérin, Kristina Larsen, Pedro Uriol.
Elenco: Aladin Reibel, Anne Benoît, Diane Kruger, Dominique Reymond, Francis Leplay, Grégory Gadebois, Hervé Pierre, Jacques Herlin, Jacques Nolot, Julie-Marie Parmentier, Léa Seydoux, Lolita Chammah, Marthe Caufman, Michel Robin, Noémie Lvovsky, Virginie Ledoyen, Vladimir Consigny, Xavier Beauvois Louis.
Países de Origem: Espanha, França. Estreia Mundial: 2012

Sinopse
Em 1789, no alvorecer da Revolução Francesa, Versalhes continua vivendo com imprudência e descontração, longe do tumulto que domina em Paris. Quando a notícia da tomada da Bastilha chega à Corte, o castelo se esvazia: nobres e servos fogem... Mas Sidonie Laborde (Léa Seydoux), jovem leitora totalmente devotada à Rainha, não acredita no que ouve. Protegida por Maria Antonieta (Diane Kruger), acha que nada pode lhe acontecer. Ela não imagina que aqueles são os últimos três dias que vive ali.

Assistido em: 21 de Outubro de 2012.
Avaliação: 06 Estrelas (Bom)

Minha Crônica
Um bom filme, não é uma obra prima do cinema, mas é um bom filme. Vi nele mais um filme que eu venha a me identificar com pessoas e seus sentimentos do que um filme feito para ser consumido como se fosse mero produto da indústria do entretenimento. Fiquei com um pouco de dificuldade de me contextualizar em sua em sua trama, mas isso é em função da minha grande ignorância em História francesa, principalmente a de sua revolução. Não é um filme para causar grandes emoções, ou um filme ágil que te deixa preso e profundamente envolvido. Ele é um filme simples e sem grandes pretensões em si mesmo, mas nessa simplicidade ele emociona. Desde o começo ele olha para os espectadores como se quisesse fazê-los se sentir no lugar daqueles que estão vivendo o crepúsculo de sua própria era. Uma hora e meia, bem agradável e companhia de boas atuações.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Intocáveis

Ficha Técnica
Título Original: Intouchables
Direção: Eric Toledano, Olivier Nakache. Roteiro: Eric Toledano, Olivier Nakache. Produtores: Laurent Zeitoun, Nicolas Duval-Adassovsky, Yann Zenou.
Elenco: François Cluzet, Omar Sy, Alba Gaïa Kraghede Bellugi, Anne Le Ny, Antoine Laurent, Audrey Fleurot, Benjamin Baroche, Caroline Bourg, Christian Ameri, Clotilde Mollet, Cyril Mendy, Dominique Daguier, Dorothée Brière, Emilie Caen, François Bureloup, François Caron, Grégoire Oestermann, Ian Fenelon, Jean François Cayrey, Jérôme Pauwels, Joséphine de Meaux, Marie-Laure Descoureaux, Nicky Marbot, Sylvain Lazard, Thomas Solivéres.
Países de Origem: França. Estreia Mundial: 2011.

Sinopse
Philippe, um refinado multimilionário tetraplégico francês, precisa de um auxiliar de enfermagem para o auxiliar nas suas atividades rotineiras. O contratado é Driss, um senegalês que vive nos subúrbios de Paris, que acaba de cumprir uma pena de seis meses de prisão e que não tem qualquer formação para o cargo.

Assistido em: 17 de Outubro de 2012.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica
Como foi belo este filme. Pela sinopse dele eu esperava coisa muito diferente, mas não tão emotiva e cativante. O filme me faz refletir sobre muitas das questões da vida que mais me incomodam. Tem muitos fanáticos de todas as áreas que eu vejo levantando discussões apenas por acharem ver preconceito em tudo quanto é canto, mas a Arte é muito mais poderosa para levantar discussões que nos levem a uma problematização consciente e realmente apropriada para se tentar algo para melhorar o mundo. Eu desafio até mesmo aquele que se ache o maior de todos os machões a não terminar este filme com os olhos marejados. Mas há também muito boas risadas, risadas leves aonde não é preciso que alguém se foda para que se tenham bons momentos de humor. Um filme cheio de lições de vida que tocam o coração com força, e a mente de modo saudável. Um filme que eu recomendo para todos, e se alguém estiver interessado em abrir algum debate em cima dele, sinta-se a vontade.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ondas do Destino

Ficha Técnica
Título Original: Breaking the Waves
Direção: Lars Von Trier. Roteiro: David Pirie, Lars Von Trier, Peter Asmussen.. Produtores: Axel Helgeland, Marianne Slot, Peter Aalbæk Jensen, Peter van Vogelpoel, Rob Langestraat, Vibeke Windeløv.
Elenco: Adrian Rawlins, Anthony J. O'Donnell, Bob Docherty, Brian XI Smith, Callum Cuthbertson, Charles Kearney, David Bateson, David Gallacher, Desmond Reilly, Dorte Rømer, Emily Watson, Finlay Welsh, Gavin Mitchell, Iain Agnew, Jean-Marc Barr, John Wark, Jonathan I Hackett, Katrin Cartlidge, Mikkel Gaup, Owen Kavanagh, Peter Bensted, Phil McCall, Ray Jeffries, Robert Robertson, Roef Ragas, Ronnie McKellaig, Sandra Voe, Sarah Gudgeon, Simon Towler Jorfaid, Stellan Skarsgård, Steven Leach, Udo Kier.
Países de Origem: Dinamarca, Espanha, França, Islândia, Noruega, Holanda, Suécia. Estreia Mundial: 1996.

Sinopse
Ondas do Destino é sobre Bess, uma moça com leve deficiência mental que se apaixona insanamente por um trabalhador dos campos de petróleo. Sua pequena comunidade na Escócia é controlada pelos anciões, que ditam as regras e costumes do local. O marido dela é considerado um “outsider”, alguém de fora, e mesmo não totalmente bem-vindo ele se casa com ela e eles passam a morar juntos na comunidade. Ela descobre o sexo e se torna ainda mais enlouquecida pelo marido, em uma relação intensa e sem reservas. Um acidente ocorre e o mundo deles e o das pessoas à sua volta muda completamente.

Assistido em: 15 de Outubro de 2012.
Avaliação: 10 Estrelas (Obra de Arte)

Minha Crônica
O meu dia estava muito MAL, não achava que eu teria animo para nada, tanto que mesmo sendo apaixonado pela obra de Lars Von Trier eu achava que ia largar o filme antes mesmo de chegar à sua metade, mas não foi assim. Aqui está uma das maiores experiências cinematográficas que eu tive em toda a minha vida. Tão profunda e intima, é daquelas experiências que palavras não são capazes de expressá-la com exatidão. Mesmo pessoas que não são religiosas, de tempos em tempos se deparam com experiências que elas não encontram outra forma de nomeá-las, que não seja chamando-as de milagres. O filme foca um pouco isso, a busca de uma mulher religiosa pela salvação do marido, para isso se sacrificando ao extremo. Depois de ter assistido ele eu pensei: Ironicamente é o filme mais otimista dos que eu já vi do Lars. Mas eu estava nesse pensamento. O mais otimista eu ainda acho que foi o Dançando no Escuro. Ondas Do Destino foi o mais esperançoso deles, e isso já muita coisa em se tratando de Lars Von Trier. A sinopse do filme não é muito coerente, o filme é muito mais do que aquilo lido na sinopse, é um festival de alegorias, que vão das mais belas as mais terríveis. Eu preciso ver este filme ainda muitas vezes para poder compreender os seus sentidos mais ocultos e profundos. Mas a minha alma se regozija de intensa alegria e magnânimo prazer por ter assistido este filme. Para sempre ele estará profundamente em meu coração.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As Brumas De Avalon: A Senhora Da Magia

Título Original: The Mists of Avalon
Editora: Imago
Ano de lançamento: 1982
Nº de páginas: 248
ISBN: 978-85-312-1037-2


Leitura concluída em: 06 de Outubro de 2012.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica: Extraordinário. Houve muitos livros que me marcaram profundamente, mas este foi especialmente único. Mais do que toda a emoção que ele me provocou ele me fez refletir sobre meu autoconhecimento como nenhum outro antes me fez da mesma maneira. Mais do que qualquer livro que eu tenha lido antes, este ascendeu em mim uma chama muito forte para o debate, a discussão em cima e acerca dele, tanto para a evolução do conhecimento universal, mas acima de tudo para conhecer mais e melhor a mim mesmo. Em praticamente todos os cantos dos livros eu me via espelhado nas palavras de Marion Zimmer Bradley, e em seus personagens. Foi-me uma oportunidade única para aprender mais de mim mesmo, isso me surpreendeu de modo inesperado. Mas este é mesmo o poder dos livros, o de entrar através das fortalezas do coração e chegar as mais profundas recamaras de alma humana, aonde habitam nossos maiores segredos e dores, então revelá-los levando-os a luz. Ainda não sei aonde serei levado com os outros três volumes desta obra.

Minhas Crônicas de: A Grande Rainha (Em breve), O Gamo Rei (Em breve), O Prisioneiro da Árvore (Em breve).

Aos Skoobers Interessados: Livro no Skoob e na minha Estante.