quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O Que Fazer Com O Passado?

       Primeiramente vamos conceituar de qual passado estamos falando. Basicamente as publicações que vieram a luz nos dias passados deste blog. É claro que isso acaba incluindo este escritor que vos fala escrevendo estas palavras.

       Primeiro vamos resumir as publicações que estou conceituando, eram textos sobre livros e quadrinhos que eu lia, filmes e animes que eu assistia, poemas que eu escrevi para outro blog e que alguns deles eu compartilhei aqui, pensamentos em reflexões aleatórias e devaneios a cerca de mim e experiências pessoais, playlists de músicas mas que representavam momentos mais específicos que vivi, e por fim os balanços da semana.

       Mas sequer chegou há haver muitos textos, pois como eu escrevi na página de apresentação do blog, sem que eu percebesse, a pressão por produzir, em determinado momento envenenou a minha paixão por criar. Entretanto o que havia nestes textos, no momento não importa. O que nos importa aqui e agora é o que vamos fazer com tais textos.

       O que você faz com o passado? Alguns acham que o passado deve ser enterrado, pois nos atrapalha de seguir em frente, como algo que sempre nos aprisiona. Outros ainda acreditam que o passado deve ser esquecido, principalmente quando nos faz sermos confrontados com questões complicadas; questões que nós mesmos temos dificuldades em lidar, principalmente quando argumentativamente são usadas de alguma maneira contra nós. Há ainda o grupo de pessoas que considera que o passado precisa necessariamente ser lembrado, justamente para que assim possamos aprender com ele e nossos erros, seja a níveis pessoais, de sociedade, e como espécie humana, e assim evoluirmos, e tentarmos não repeti-lo.

       Pessoalmente eu prefiro essa terceira percepção. Portanto decidi não apagar nenhum desses textos antigos. Eles realmente servem como um parâmetro de comparação entre como eu escrevia no decorrer do meu passado, com a escrita de hoje e a do futuro, principalmente o futuro mais próximo. Quanto ao que eu escrevia, apesar de não ter muito orgulho pela maioria dos textos, não nutro quaisquer arrependimentos pelas temáticas que abordei. Tanto que em sua maioria pretendo mantê-las, até pois percebo que elas ainda refletem algo do que ainda quero escrever. Quanto a avaliações já feitas, elas permaneceram intocadas. Apenas quando uma obra for reavaliada, que então deverei manifestar textualmente qualquer que tenha sido a nova perspectiva e avaliação.

       Apesar de considerar esse texto como sendo o renascimento do blog, vou manter aí tudo o que já passou. Não me orgulho do que ou como passou, só que não tenho nenhuma motivação em querer esconder esse passado. E é muito interessante olhar para o passado, com as perspectivas de hoje, qualquer que seja o seu hoje, e poder aprender sobre si mesmo. Crescer em autoconhecimento.

       Olhando pro passado, minha maior preocupação é obviamente em não repetir o que aconteceu. Principalmente nos momentos mais imediatos que me seguirão, principalmente quanto ao blog. Eu gosto dessa ressignificação e ressurreição que estou promovendo nele, mas isso em contra partida está gerando uma carga bem pesada das expectativas que estou transferindo a ele, daquilo que estou buscando para minha própria existência.

       Bom, já falamos o bastante por hora, do que fazer com o passado, e no momento há razoável satisfação quanto a isso; mas as grandes questões, as grandes dúvidas é do que será do futuro e de como viveremos daqui para frente.