Ficha Técnica
Título Original: Quartet.
Direção:
Dustin Hoffman. Roteiro: Ronald Harwood. Produtores: Amanda Posey, Christian Baute,
Christoph Daniel, Dario Suter, Finola Dwyer, Marc Schmidheiny, Nick O'Hagan,
Stewart Mackinnon.
Elenco:
Billy Connolly I, David Ryall, Eline Powell, Jumayn Hunter, Luke Newberry,
Maggie Smith, Michael Gambon, Michael Volpe, Patricia Loveland, Pauline Collins,
Sarah Crowden, Sheridan Smith, Tom Courtenay, Trevor Peacock.
Países de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
do Norte. Estreia Mundial: 2013.
Sinopse
A história é baseada em uma
peça de mesmo nome do autor Ronald Harwood e mostra a vida de amigos idosos que
vivem em um asilo. Todos os anos, no dia 10 de outubro, o grupo se une para
celebrar o aniversário do famoso compositor italiano Giuseppe Verdi e, assim,
arrecadar fundos para manter o próprio lar. Tudo pode mudar quando um velho amor
de um dos moradores retorna, tirando o equilíbrio da casa.
Assistido em: 28 de Dezembro de 2013.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)
Minha Crônica
Este é um excelente caso de um
filme que eu tenho orgulho de ter assistido. Como é belo, estou comovido e
emocionado. Apesar de todos os sorrisos é um filme triste. Estamos diante de
pessoas que perderam praticamente tudo que lhes era importante na vida e agora
esperam pela morte. Mas nem por isso vivem mal, eles tentam viver o melhor
possível, e o fazem com alegria, boa vontade e música, muitas músicas.
Eu poderia até escrever outro
texto só para falar das lições de vida que essa estória nos passa. Mas aqui vou
me ater aos três que mais me marcaram. 1° Como é bom ter amigos. É muito feliz
e abençoado aquele que pode contar com verdadeiros amigos para partilhar das
alegrias e enfrentar as amarguras da vida. 2° O medo é o pior dos inimigos e
também o mais importante a ser vencido. 3° Por mais que os anos passem e
tentemos esquecer, há feridas que o tempo não apaga, mas o perdão pode
sará-las.
O elenco não poderia ter sido
mais bem escolhido, eles combinam de maneira perfeita em tudo. Maggie Smith
como uma senhora diva triste por tudo que perdeu e com medo de novos fracassos.
Pauline Collins como uma senhora doce e já com problemas de senilidade, muito
apegada às boas lembranças e disposta a ajudar. Billy Connolly I como um
característico mulherengo frustrado com a velhice e que está sempre flertando
com Sheridan Smith, ótima como a dedicada doutora responsável pela casa de
repouso. Tom Courtenay fantástico como o excelente professor, muito afetuoso,
mas amargurado pelas feridas causadas pela vida e os afetos do passado. Michael
Gambon acima de todos é quem mais rouba a cena apesar de seu papel secundário
de um velho rabugento e muito reclamão preocupado com a sobrevivência da casa
de repouso.
Nessas vésperas de ano novo eu
sempre punha nas listas de metas, conhecer mais de ópera e música erudita, mas
este objetivo sempre foi procrastinado. Quem sabe agora não tenho um incentivo
a mais para ir em frente. Se houver apenas uma coisa desse filme que eu possa
levar pela eternidade, que seja essa frase: Obras de Arte são de uma solidão
infinita, e nada pode alcançá-las tão pouco quanto a critica.