Ficha
Técnica
Título
Original: The Reader
Direção:
Stephen Daldry. Roteiro: David Hare. Produtores: Anthony Minghella, Scott
Rudin, Sydney Pollack
Elenco:
Alexandra Maria Lara, Barbara Philipp, Beata Lehmann, Bettina Scheuritzel, Bruno
Ganz, Burghart Klaußner, David Kross, Fabian Busch, Fritz Roth, Hannah
Herzsprung, Hendrik Arnst, Hildegard Schroedter, Jeanette Hain, Jonas Jägermeyr,
Jürgen Tarrach, Karoline Herfurth, Kate Winslet, Kirsten Block, Lena Olin, Linda
Bassett, Ludwig Blochberger, Margarita Broich, Marie Gruber, Martin Brambach, Matthias
Habich, Max Mauff, Merelina Kendall, Michael I Schenk, Ralph Fiennes, Rich
Odell, Robin Gooch, Susanne Lothar, Sylvester Groth, Torsten Michaelis.
Países de Origem: Estados Unidos da América. Estreia
Mundial: 2008.
Sinopse
A sociedade acredita que é guiada pela
moralidade, mas isto não é verdade. O premiado diretor de As Horas, Stephen
Daldry, mostra novamente toda sua força nesta história de medos e segredos
escondidos pelo tempo. Hanna (Kate Winslet) foi uma mulher solitária durante
grande parte da vida. Quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael
(Ralph Finnes)não imagina que um caso de verão irá marcar suas vidas para
sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, O Leitor é a uma história que nos
levará a questionar todas as nossas mais profundas verdades.
Minha
Crônica
Eu me lembro de quando este filme foi
lançado em 2008, pois na época mesmo sem saber nada sobre o filme eu me
apaixonei pelo seu titulo, ele evocava em mim muitas sensações diferentes. Um
ano depois em 2009 em função de algumas coisas que em determinado momento eu
estava vivendo, o titulo deste filme voltou a ser sugerido por um “amigo” na
forma de algo que pudesse dar um norte em minha vida. No caso ele não estava me
sugerindo o filme, mas sim a situação de um leitor, mas imediatamente meu
pensamento fez a associação. E por fim ao meio do ano passado eu baixei este
filme para assistir, entretanto, mesmo com muitas expectativas para este filme,
eu acabei sempre adiando o momento de fazê-lo. E por mais desejo que eu tinha
em assisti-lo, eu nutria uma estranha resistência em de fato o fazer, não sei
explicar o porquê disto ter acontecido, mas tenho algumas teorias.
Eu acho engraçado o fato de que boa
parte de eu gostar ou não de alguma obra de Arte (não importa de que tipo), é
em função de meu histórico de vida amorosa e dos sonhos que ainda nutro em meu
coração. Eu suspirei muito com esta relação amorosa em função da leitura. Meu
coração vibrou com a imagem deste menino, e quis estar no seu lugar, conhecer
uma mulher (tanto faz se mais nova ou mais experiente) e ama lá, ler para ela,
escrever poesias, enfim. Até o modo como se conheceram me encheu de grande
emoção e contentamento e sonhos. O cuidar ou ser cuidado por alguém em hora de
necessidade.
Quanto ao julgamento dela e sua prisão
foi algo rasgante ao meu coração pela seguinte reflexão/constatação: O passado
de quase todo mundo está manchado, e é muito difícil que isto um dia não se
mostre. Como no meu caso, em que eu tenho muita dificuldade de me relacionar em
função do peso e da culpa que carrego de erros abomináveis que fiz em meu
passado. Todos nesta vida temos falhas de caráter, alguns (independente do
esforço pessoal) lidam melhor com eles, e os superam, mas a maioria de nós
carrega este fado por muito tempo após se dar conta dele, tristemente algumas
pessoas o vão carregar até a morte.
Foi ótimo com este filme poder olhar
para dentro de mim mesmo e assim refletir aprender mais sobre mim mesmo. Não
tenho duvidas, se não tivesse este poder não poderia se chamado de Arte. É um
filme que eu ainda precisarei rever algumas vezes, mas ele tem um lugar
especial em meu coração.