Ficha
Técnica
Título
Original: The Hunger Games: Catching Fire.
Direção:
Francis Lawrence II. Roteiro: Michael Arndt, Simon Beaufoy, Suzanne Collins.
Produtores: Jon Kilik, Nina Jacobson.
Elenco:
Jennifer Lawrence, Lenny Kravitz, Alan Ritchson, Amanda Plummer, Bobby Jordan,
Bruno Gunn, Donald Sutherland, E. Roger Mitchell, Elena Sanchez, Elizabeth
Banks, Jeffrey Wright I, Jena Malone, John Casino, Josh Hutcherson, Liam
Hemsworth, Lynn Cohen I, Maria Howell, Meta Golding, Patrick St. Esprit, Philip Seymour Hoffman, Sam Claflin, Stanley Tucci, Stephanie Leigh Schlund, Toby
Jones, Willow Shields, Woody Harrelson.
Países
de Origem: Estados Unidos da América. Estréia Mundial: 2013.
Sinopse
Este é o segundo volume da trilogia
Jogos Vorazes, baseada nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a
aventura de Katniss (Jennifer Lawrence), jovem escolhida para participar aos
"jogos vorazes", espécie de reality show em que um adolescente de
cada distrito de Panem, considerado como "tributo", deve lutar com os
demais até que apenas um saia vivo. Neste segundo episódio da série, após a
afronta de Katniss à organização dos jogos, ela deverá enfrentar a forte
represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a
população de Panem.
Assistido
em: 23 de Janeiro de 2014.
Avaliação:
08 Estrelas (Formidável)
Minha
Crônica
Pouco após o lançamento do filme Jogos
Vorazes em 2012 eu decidi dar-lhe uma chance já que tantos falavam maravilhas
dele, mês para mim estava sendo um pé no saco, desisti antes de meia hora. Isso
foi há mais de um ano e meio. Quando assisti ao trailer de Em Chamas em
novembro do ano passado, já que estava interessado nele resolvi dar uma nova
chance a ele, dessa vez o assisti inteiro, mas ele continuou sendo um pé no saco.
Mas isto não aconteceu agora já que Em Chamas é ótimo.
Deixe-me fazer um comparativo evolutivo
dentre os dois filmes: 1° a fotografia que no anterior era horrorosa e agora
está muito bonita, e tudo referente a ela pode-se falar também da maquiagem e
figurinos. Ambos são filmes comerciais produzidos por razões comercias, mas
estas razões mudam de um para o outro. O primeiro era apenas mais uma adaptação
(bem sucedida) de um Best-Seller, aqui já se tinha a certeza de um produto de
retorno mais que certo e a própria data de lançamento de cada um deles já diz
isto. Mas por que isso é importante? Simples, da para evidenciar e exemplificar
o cuidado com o que estava sendo feito: apenas mais uma adaptação literária
recebe um cuidado menor ao passo que um produto feito visando desde cedo um
retorno maior é mais bem trabalhado.
Aqui eu consegui me importar com um
número bem maior de personagens, no anterior isso só era possível com o “casal”
protagonista, e a menina Rue. Aqui foi gasto tempo para conhecermos um pouco
mais de tempo para conhecermos os personagens um pouco mais periféricos, e
nisso os valorizamos mais. Foi uma ótima jogada, e muito parecida com a
evolução daqueles que rodeavam o Governador nas temporadas #03 e #04 de The
Walking Dead. Apegamos a mais personagens nos importamos mais com as cruéis
desgraças que caem sobre eles.
Aqui o roteiro me surpreendeu, pois antes
tudo que víamos era mais um reality show de uma distopia para entreter uma
multidão à custa dos miseráveis, mas agora vi temas que me provocam empatia: O
principal é como reagir perante a injustiça e desgraça alheia, e logo em seguida
a postura dos jogadores que também são vitimas deste sistema. Katniss apesar de
seu medo prefere insistir numa mensagem que leve esperança, já Peeta prefere uma
postura que ponha a opinião publica contra o evento, e isso influencia muitos
de seus colegas. Eu não esperava ver cumprida a ameaça do presidente, apesar de
que desde o começo isso era obvio se olharmos o curso dos acontecimentos. O próprio
evento é muito mais tenso, não por ser mais mortal, e sim porque o destino de
mais pessoas nos preocupa. A cena deles fugindo da névoa me lembrou de uma ceda
de O Predador de John
McTiernan com Arnold Schwarzenegger.
Gostei muito do elenco, tanto pelos que
voltaram, pois suas interações foram mais cativantes, como aqueles que chegaram
agora, fabulosos, o maior destaque óbvio é para Philip Seymour Hoffman, que na
falta de algo melhor para dizer me surpreendeu. Jena Malone também estava
ótima, sua cena no elevador foi “belíssima”.
Quanto aos livros eu continuo com baixíssimo
interesse em lê-los, mas estou ansioso pelos dois últimos filmes. Se tiver uma lição
que todos nós deveríamos tirar daqui é: Todos nós devemos nos importar mais com
as relações políticas, o que se faz com a opinião publica, e quais os caminhos
que os governos de nossas sociedades estão caminhando. O que existe hoje como
nossa sociedade é fruto e conseqüência de todas as nossas escolhas.
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