quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Jogos Vorazes: Em Chamas

Ficha Técnica
Direção: Francis Lawrence II. Roteiro: Michael Arndt, Simon Beaufoy, Suzanne Collins. Produtores: Jon Kilik, Nina Jacobson.
Elenco: Jennifer Lawrence, Lenny Kravitz, Alan Ritchson, Amanda Plummer, Bobby Jordan, Bruno Gunn, Donald Sutherland, E. Roger Mitchell, Elena Sanchez, Elizabeth Banks, Jeffrey Wright I, Jena Malone, John Casino, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Lynn Cohen I, Maria Howell, Meta Golding, Patrick St. Esprit, Philip Seymour Hoffman, Sam Claflin, Stanley Tucci, Stephanie Leigh Schlund, Toby Jones, Willow Shields, Woody Harrelson.
Países de Origem: Estados Unidos da América. Estréia Mundial: 2013.

Sinopse
Este é o segundo volume da trilogia Jogos Vorazes, baseada nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a aventura de Katniss (Jennifer Lawrence), jovem escolhida para participar aos "jogos vorazes", espécie de reality show em que um adolescente de cada distrito de Panem, considerado como "tributo", deve lutar com os demais até que apenas um saia vivo. Neste segundo episódio da série, após a afronta de Katniss à organização dos jogos, ela deverá enfrentar a forte represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a população de Panem.

Assistido em: 23 de Janeiro de 2014.
Avaliação: 08 Estrelas (Formidável)

Minha Crônica
Pouco após o lançamento do filme Jogos Vorazes em 2012 eu decidi dar-lhe uma chance já que tantos falavam maravilhas dele, mês para mim estava sendo um pé no saco, desisti antes de meia hora. Isso foi há mais de um ano e meio. Quando assisti ao trailer de Em Chamas em novembro do ano passado, já que estava interessado nele resolvi dar uma nova chance a ele, dessa vez o assisti inteiro, mas ele continuou sendo um pé no saco. Mas isto não aconteceu agora já que Em Chamas é ótimo.
Deixe-me fazer um comparativo evolutivo dentre os dois filmes: 1° a fotografia que no anterior era horrorosa e agora está muito bonita, e tudo referente a ela pode-se falar também da maquiagem e figurinos. Ambos são filmes comerciais produzidos por razões comercias, mas estas razões mudam de um para o outro. O primeiro era apenas mais uma adaptação (bem sucedida) de um Best-Seller, aqui já se tinha a certeza de um produto de retorno mais que certo e a própria data de lançamento de cada um deles já diz isto. Mas por que isso é importante? Simples, da para evidenciar e exemplificar o cuidado com o que estava sendo feito: apenas mais uma adaptação literária recebe um cuidado menor ao passo que um produto feito visando desde cedo um retorno maior é mais bem trabalhado.
Aqui eu consegui me importar com um número bem maior de personagens, no anterior isso só era possível com o “casal” protagonista, e a menina Rue. Aqui foi gasto tempo para conhecermos um pouco mais de tempo para conhecermos os personagens um pouco mais periféricos, e nisso os valorizamos mais. Foi uma ótima jogada, e muito parecida com a evolução daqueles que rodeavam o Governador nas temporadas #03 e #04 de The Walking Dead. Apegamos a mais personagens nos importamos mais com as cruéis desgraças que caem sobre eles.
Aqui o roteiro me surpreendeu, pois antes tudo que víamos era mais um reality show de uma distopia para entreter uma multidão à custa dos miseráveis, mas agora vi temas que me provocam empatia: O principal é como reagir perante a injustiça e desgraça alheia, e logo em seguida a postura dos jogadores que também são vitimas deste sistema. Katniss apesar de seu medo prefere insistir numa mensagem que leve esperança, já Peeta prefere uma postura que ponha a opinião publica contra o evento, e isso influencia muitos de seus colegas. Eu não esperava ver cumprida a ameaça do presidente, apesar de que desde o começo isso era obvio se olharmos o curso dos acontecimentos. O próprio evento é muito mais tenso, não por ser mais mortal, e sim porque o destino de mais pessoas nos preocupa. A cena deles fugindo da névoa me lembrou de uma ceda de O Predador de John McTiernan com Arnold Schwarzenegger.
Gostei muito do elenco, tanto pelos que voltaram, pois suas interações foram mais cativantes, como aqueles que chegaram agora, fabulosos, o maior destaque óbvio é para Philip Seymour Hoffman, que na falta de algo melhor para dizer me surpreendeu. Jena Malone também estava ótima, sua cena no elevador foi “belíssima”.
Quanto aos livros eu continuo com baixíssimo interesse em lê-los, mas estou ansioso pelos dois últimos filmes. Se tiver uma lição que todos nós deveríamos tirar daqui é: Todos nós devemos nos importar mais com as relações políticas, o que se faz com a opinião publica, e quais os caminhos que os governos de nossas sociedades estão caminhando. O que existe hoje como nossa sociedade é fruto e conseqüência de todas as nossas escolhas.

Aos interessados segue o link donde baixei o filme (eu baixei a opção 720p).

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