sábado, 28 de dezembro de 2013

O Quarteto

Ficha Técnica
Título Original: Quartet.
Direção: Dustin Hoffman. Roteiro: Ronald Harwood. Produtores: Amanda Posey, Christian Baute, Christoph Daniel, Dario Suter, Finola Dwyer, Marc Schmidheiny, Nick O'Hagan, Stewart Mackinnon.
Elenco: Billy Connolly I, David Ryall, Eline Powell, Jumayn Hunter, Luke Newberry, Maggie Smith, Michael Gambon, Michael Volpe, Patricia Loveland, Pauline Collins, Sarah Crowden, Sheridan Smith, Tom Courtenay, Trevor Peacock.
Países de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Estreia Mundial: 2013.

Sinopse
A história é baseada em uma peça de mesmo nome do autor Ronald Harwood e mostra a vida de amigos idosos que vivem em um asilo. Todos os anos, no dia 10 de outubro, o grupo se une para celebrar o aniversário do famoso compositor italiano Giuseppe Verdi e, assim, arrecadar fundos para manter o próprio lar. Tudo pode mudar quando um velho amor de um dos moradores retorna, tirando o equilíbrio da casa.

Assistido em: 28 de Dezembro de 2013.
Avaliação: 09 Estrelas (Maravilhoso)

Minha Crônica
Este é um excelente caso de um filme que eu tenho orgulho de ter assistido. Como é belo, estou comovido e emocionado. Apesar de todos os sorrisos é um filme triste. Estamos diante de pessoas que perderam praticamente tudo que lhes era importante na vida e agora esperam pela morte. Mas nem por isso vivem mal, eles tentam viver o melhor possível, e o fazem com alegria, boa vontade e música, muitas músicas.
Eu poderia até escrever outro texto só para falar das lições de vida que essa estória nos passa. Mas aqui vou me ater aos três que mais me marcaram. 1° Como é bom ter amigos. É muito feliz e abençoado aquele que pode contar com verdadeiros amigos para partilhar das alegrias e enfrentar as amarguras da vida. 2° O medo é o pior dos inimigos e também o mais importante a ser vencido. 3° Por mais que os anos passem e tentemos esquecer, há feridas que o tempo não apaga, mas o perdão pode sará-las.
O elenco não poderia ter sido mais bem escolhido, eles combinam de maneira perfeita em tudo. Maggie Smith como uma senhora diva triste por tudo que perdeu e com medo de novos fracassos. Pauline Collins como uma senhora doce e já com problemas de senilidade, muito apegada às boas lembranças e disposta a ajudar. Billy Connolly I como um característico mulherengo frustrado com a velhice e que está sempre flertando com Sheridan Smith, ótima como a dedicada doutora responsável pela casa de repouso. Tom Courtenay fantástico como o excelente professor, muito afetuoso, mas amargurado pelas feridas causadas pela vida e os afetos do passado. Michael Gambon acima de todos é quem mais rouba a cena apesar de seu papel secundário de um velho rabugento e muito reclamão preocupado com a sobrevivência da casa de repouso.
Nessas vésperas de ano novo eu sempre punha nas listas de metas, conhecer mais de ópera e música erudita, mas este objetivo sempre foi procrastinado. Quem sabe agora não tenho um incentivo a mais para ir em frente. Se houver apenas uma coisa desse filme que eu possa levar pela eternidade, que seja essa frase: Obras de Arte são de uma solidão infinita, e nada pode alcançá-las tão pouco quanto a critica.

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